"Juntei alguma grana, chamei alguns amigos, tracei um roteiro, ou melhor, queria chegar a um ponto do mapa, não sabia como, mas ao menos queria.
Juntei algumas desilusões e blablablas contra mim, chamei todos meus amigos de traidores, terminei meu pseudo-namoro, e sai.
A primeira noite fiquei por territórios conhecidos. Decidi sair tarde, não tinha mais condução que pudesse me levar para longe, só táxi, e táxis são caros, até poderia ser uma boa idéia: me levaria até certo ponto, e eu poderia ir conversando o que quiser com o motorista - com a certeza de nunca mais vê-lo -, enfim, só estou supondo o que poderia ter feito, pois fiz diferente.
Comprei uma garrafa de cachaça, pó de suco para diluir, e algumas bolachas e amendoins; deixei um pacote de bolacha com um cara sinistro que me parou na rua - me neguei a encher o copo dele com meu goró, a noite seria muito longa- , não que tenha medo, é que tenho bom coração; e assim segui sentido a uma rua onde muitas pessoas estariam em mesmas condições de desabamento sentimental.
Desabafos, repentinos laços, fluxo intenso de pensamentos, coisas que antes me chamavam a atenção e me interessavam, e naquele dia me faziam sentir um indiferente, uma peça desse quebra-cabeça ridículo de mau gosto. Me senti mal por ter escolhido passar a primeira noite de minha nova vida naquele lugar, não me serviu de nada, agora só quero ir pra mais longe, longe de qualquer humano corrompido, longe de qualquer estupidez; então, decidida e finalmente me larguei ao destino. Naquela hora já estavam em funcionamento os tranportes públicos e os terminais rodoviários, joguei fora aquela memória de vidinha (que somou a si a da noite em que quase me fez desistir do meus novos ideais), e parti, realmente sem expectativas, o por vir será sempre melhor, independente do que efetivamente acontecer, o parametro será sempre esse."
A Dani, linda, e seu blog, Relicários Das Índias, lindo, sempre me inspiram a escrever, e esse post é totalmente inspirado no post dela do "Cem Anos de Solidão".
Também te dedico, apesar de você escrever contos muito mais talentosos e de melhor bom gosto do que eu.
Você também sabe que escrevo por acessos de inspiração, e esse não foi diferente, se constrói em cima de um livro que se não leu, leia, e que para mim foi uma boa leitura, confortante, inspiradora e agora, compartilhada.
mp3
domingo, maio 15, 2011
terça-feira, maio 10, 2011
E estão encerrada as ligações pela madrugada, o beijo ao acordar, nossos carinhos fartamente distribuidos...
Foi muito bom. É muito bom, ainda, por isso dói. Assinei um contrato perante a mim e a mim mesmo, sabendo do que teria que passar em caso de quebra. E o rompimento era implícito. Construi uma felicidade que não estava em mim: cláusula primeira.
Você não precisava ter sido assim. Eu poderia ter cedido em alguma coisa também. Até mudei, sim. (Tomem cuidado: ao tomarmos posse de muito conhecimento, as vezes nos consideramos íntegros e imutáveis). Mudamos. Mas faltou alguma coisa. Sem culpas, sem rancor, quero seu bem pra sempre em vida, quero seu bem, tivemos e passou, marcou, mudou, criamos esperanças.
A felicidade reside em mim, dou espaço a ela atuar, livre-arbítrio, mas agora, agora, ela está quietinha, porque penso em ti, e isso não me deixa mais alegre. Me fará alegre, como fazia, mas leva tempo...
Você não precisava ter sido assim. Eu poderia ter cedido em alguma coisa também. Até mudei, sim. (Tomem cuidado: ao tomarmos posse de muito conhecimento, as vezes nos consideramos íntegros e imutáveis). Mudamos. Mas faltou alguma coisa. Sem culpas, sem rancor, quero seu bem pra sempre em vida, quero seu bem, tivemos e passou, marcou, mudou, criamos esperanças.
A felicidade reside em mim, dou espaço a ela atuar, livre-arbítrio, mas agora, agora, ela está quietinha, porque penso em ti, e isso não me deixa mais alegre. Me fará alegre, como fazia, mas leva tempo...
sábado, maio 07, 2011
BAIXEM ESCUTEM BOA VIAGEM
http://www.criolo.art.br/criolononaorelhahotsite/
uma dose de realidade com horror
tem que ter estomago forte e treinado.
"Que independente disso,
eu não passo, de um malandro
de um muleque do Brasil
Que peço e dou esmolas
que ando e penso sempre com mais de um
por isso ninguém vê minha sacola
dum dem"
uma dose de realidade com horror
tem que ter estomago forte e treinado.
"Que independente disso,
eu não passo, de um malandro
de um muleque do Brasil
Que peço e dou esmolas
que ando e penso sempre com mais de um
por isso ninguém vê minha sacola
dum dem"
Rinkisha
A experiência é intensa
impossível voltar ileso
As vezes me consideram estranho
eu me considero estranho
e quem não se considera?
'Delua',
como guia.
impossível voltar ileso
As vezes me consideram estranho
eu me considero estranho
e quem não se considera?
'Delua',
como guia.
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